O Exército de Israel continuou bombardeando, nesta segunda-feira, 23, a Faixa de Gaza, onde nas últimas 24 horas atingiu 320 alvos do grupo islâmico Hamas e da Jihad Islâmica Palestina, no 17º dia consecutivo de hostilidades na região. Até o momento são 6.487 mortos confirmados na guerra, sendo 1.400 em Israel e 5.087 em Gaza (incluindo 2.055 crianças), de acordo com as autoridades palestinas. Cerca de 200 reféns seguem desaparecidos. “Durante o último dia, as Forças de Defesa de Israel continuaram atacando infraestruturas terroristas e alvos militares”, informou hoje o Exército, detalhando que entre os alvos bombardeados há “túneis que continham terroristas do Hamas, dezenas de centros de comando – alguns dos quais escondiam terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica -, complexos militares e postos de observação”. Os militares israelenses também disseram ter atacado “alvos que representavam uma ameaça às forças na área ao redor da Faixa de Gaza que estão se preparando para operações terrestres, incluindo dezenas de locais de lançamento de morteiros e mísseis antitanque”.
Em contrapartida, nas últimas horas não houve lançamento de projéteis de Gaza em direção ao território israelense, depois dos últimos disparos registrados na noite de domingo, 22. A agência oficial de notícias palestina “Wafa” informou que os ataques israelenses na Faixa nas últimas horas causaram pelo menos 45 mortes, 23 delas na área de Khan Younis – no sul de Gaza – e 17 em um bombardeio contra uma residência no norte da Faixa. O Hamas aponta para 70 mortos na região após os ataques noturnos. Um porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza afirmou que, do número total de vítimas na Faixa, 70% eram mulheres, crianças ou idosos. Os bombardeios israelenses também deixaram mais de 14.200 feridos na região, o que já representa a maior catástrofe humana na história do enclave, onde vivem 2,3 milhões de palestinos.
Segundo dados divulgados pelo gabinete de imprensa do governo do Hamas em Gaza, mais de 60% da população da Faixa teve de ser deslocada internamente em consequência da guerra e metade das casas do enclave estão total ou parcialmente destruídas pelos bombardeios. Do lado israelense, o número de deslocados subiu para mais de 120 mil neste domingo, após a evacuação de novas cidades na fronteira com o Líbano devido à intensificação das trocas de tiros na área. Estas somam-se às evacuações anteriores de outras comunidades, tanto naquela fronteira como na área adjacente à Faixa de Gaza.
Fonte: Jovem Pan.
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