O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL, foto à esquerda), pretende usar a votação do PL que tributa offshores e fundos exclusivos como uma espécie de carta de boas intenções para que Lula (foto, à direita) destrave as nomeações para a presidência da Caisa e para 12 diretorias do banco.
Segundo informações obtidas por O Antagonista, a jogada de Lira e de seu grupo mais próximo é a seguinte: ele entrega a Lula a aprovação do PL, que deve gerar uma receita aproximada de R$ 20 bilhões, mas vai travar outras pautas de caráter econômico até que o Palácio libere os cargos aos integrantes do Centrão.
Lira tem sido pressionado por aliados do PSD e PP por esses cargos. O presidente da Câmara quer emplacar no comando da Caixa o funcionário de carreira Carlos Antônio Vieira Fernandes. O nome é mais palatável ao Centrão que a ex-deputada federal Margarete Coelho (PP-PI), tida como próxima, por exemplo, do presidente do PP, Ciro Nogueira.
O governo Lula trabalha no sentido oposto. Como já mostramos, o presidente da República quer segurar essas indicações até o final do ano para fazer uma ampla reforma ministerial. Nessa reforma, Lula colocaria em jogo, até, a vaga que está em aberto no STF.
Mesmo com a aprovação do PL relacionado às offshores, o governo ainda precisa atuar para conter a base na reforma tributária e na análise dos vetos presidenciais relacionados ao Carf e ao arcabouço fiscal.
Fonte: O Antagonista.
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