A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou, nesta quarta-feira (13), que o acordo alcançado na COP28, que menciona explicitamente a necessidade de reduzir o uso de combustíveis fósseis no planeta, é uma “conquista”, mas exigiu mais recursos dos países desenvolvidos para “viabilizar esse compromisso”.
– É uma conquista, porque leva em conta o que a ciência diz – disse Marina durante entrevista coletiva em Dubai, sede da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.
Ao mesmo tempo, a chefe da pasta ambiental destacou que as responsabilidades são “comuns, mas diferenciadas” e que os países ricos devem assumir a “liderança” e “viabilizar os meios de implementação tanto da agenda de adaptação como de mitigação” para ajudar as nações mais pobres.
– Os 100 bilhões de dólares (R$ 497 bilhões) nunca foram concretizados. Quanto aos meios para fazer face às perdas e danos [das alterações climáticas], temos 800 milhões de dólares (R$ 3,98 bilhões), o que é altamente insignificante diante da magnitude do problema – lamentou.
A apresentação do acordo elogiado pelo Brasil, que organizará a COP30 em 2025, coincide com a realização nesta quarta no país de um megaleilão de 38 blocos para explorar reservas de gás e petróleo. Questionada sobre esta aparente contradição na posição do Brasil, Marina garantiu que o Conselho Nacional de Política Energética levará em conta o que foi decidido na COP28.
Fonte: Pleno News
Radar Político365 é o seu portal de notícias sobre o cotidiano da política de Goiana, sem esquecer de acompanhar os fatos relevantes do estado e nacional.