O ator Matthew Perry, encontrado morto na piscina de sua casa em Los Angeles no dia 28 de outubro, morreu devido a “efeitos agudos de ketamina”. A informação consta no relatório toxicológico divulgado nesta sexta-feira (15) pelo Gabinete do Examinador Médico do Condado de Los Angeles.
– Com os altos níveis de ketamina encontrados em suas amostras de sangue, os principais efeitos letais seriam tanto da superestimulação cardiovascular quanto da depressão respiratória – informou o relatório.
O relatório da autópsia de Perry indica que ele estava em terapia de infusão de ketamina, mas a substância encontrada em seu sangue não pode ser proveniente de sessão terapêutica, já que sua última havia sido realizada há mais de uma semana. O exame no corpo do artista também revelou evidências de sedativos.
SOBRE A KETAMINA
A ketamina é um anestésico de uso humano e veterinário que se tornou uma droga ilícita na década de 80. O fármaco é considerado um anestésico dissociativo, isto é, que causa efeitos alucinógenos, sensação de bem-estar e tem potencial sedativo quando usado como droga recreativa. Em doses menores, quem consome a substância pode se sentir eufórico.
A ketamina tem ainda efeito rápido no combate aos sintomas da doença mental. Em 2020, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o cloridrato de escetamina, um antidepressivo na forma de spray inalável indicado para adultos com depressão resistente a tratamentos convencionais e para pessoas com transtorno depressivo maior (TDM) que tenham pensamentos ou atos suicidas.
No Brasil, o tráfico utiliza essa substância para produzir uma droga sintética traficada com o nome de “special k”, “Key”, “Keyla” ou “Keta”.