Startups que atuam no desenvolvimento de soluções nas áreas de tecnologias sociais e telecomunicações representaram a maioria dos projetos apoiados em 2023 pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste no Programa de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento. No total, a autarquia apoiou 73 projetos inovadores em sete estados da sua área de atuação, investindo, R$ 5,6 milhões. Os recursos são oriundos do valor correspondente a 1,5% das operações do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE).
“Esta é uma iniciativa inédita para estimular o empreendedorismo associado à inovação no Nordeste. Apoiar o desenvolvimento tecnológico de soluções que conversem com as necessidades sociais da região é uma das estratégias da Sudene para dinamizar o mercado de ciência e tecnologia, direcionando-o à redução das desigualdades regionais”, comentou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral.
A iniciativa busca fortalecer o papel da Sudene no ecossistema de ciência, tecnologia e inovação. Os projetos precisam estar em sintonia com o Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), que dedica um eixo específico de ações para a área de inovação. Entre as diretrizes previstas estão difusão de pesquisas e tecnologias para arranjos produtivos locais, a formação de recursos humanos e a implementação de polos de produção científica.
Para selecionar os projetos, a Sudene atuou em conjunto com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), analisando soluções participantes do Programa Centelha 2. Para atuar de forma descentralizada, a autarquia celebrou acordos de cooperação técnica com as fundações estaduais de amparo à pesquisa, além do Sebrae no estado do Rio Grande do Norte.
Neste exercício, Maranhão, Paraíba e Piauí tiveram, cada um, 11 projetos selecionados. Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe contaram com dez iniciativas apoiadas. Outras 27 empresas devem ser contempladas na Bahia, Ceará e Minas Gerais em 2024. Em média, a Sudene investiu cerca de R$ 560 mil em cada estado participante.
Dos 73 projetos selecionados, 23 foram da área de tecnologia social, nicho no qual são desenvolvidos métodos ou soluções que apresentem soluções efetivas para alguma demanda da sociedade. A área de telecomunicações foi representada com 11 projetos, seguida por química e novos materiais, com 10 soluções. Também houve propostas nas áreas de design, realidade virtual, biotecnologia, automação, entre outras.
Para o coordenador de Tecnologia e Inovação da Sudene, Manoel Barreiros, o programa de apoio à ciência e tecnologia dá condições para que a autarquia lance editais próprios no futuro. “Estão no nosso radar apoio às áreas de economia criativa, tecnologia no campo e mulheres inovadoras”, antecipou.
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