O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem recebido conselhos para se aproximar do público evangélico, grupo este que ainda rejeita seu governo. De acordo com fontes do jornal Valor Econômico, há planos para que o petista estreite a relação com lideranças religiosas.
De olho nas eleições municipais, Lula deve percorrer o país e o contato direto com pastores será importante para seu governo e também para garantir a vitória dos candidatos apoiados pelo PT.
O petista tem sido aconselhado a conversar pessoalmente com líderes das grandes denominações e até mesmo participar de programas e podcasts comandados por influenciadores evangélicos. As pessoas ouvidas pelo Valor percebem que Lula resiste a fazer esses movimentos.
– Interlocutores acreditam que, na visão do presidente, os evangélicos podem ser “conquistados pelo bolso” – diz o site, explicando que, para Lula, “se as condições econômicas melhorarem, também aumenta a aprovação do petista entre os evangélicos”.
Mas não é só isso. O governo investiu em vídeos com bordões evangélicos e investiu quase R$ 500 mil em propaganda para aumentar o alcance das peças publicitárias. Termos como “glória a Deus” e “graça alcançada” estão presentes nos diálogos que falam sobre o Novo PAC e o Bolsa Família.
Outra tática do governo é escalar o advogado-geral da União, Jorge Messias, para conversar com parlamentares da Bancada Evangélica a fim de conseguir votos suficientes para a aprovação do Projeto de Lei 2630/2020 que visa regulamentar as redes sociais.