O primeiro ano do terceiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi marcado pelo aumento no preço médio da gasolina nos postos de combustíveis do país. A informação está presente nos dados divulgados nesta terça-feira (2) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
De acordo com o levantamento, o preço médio da gasolina passou de R$ 4,96 na última semana de 2022 para R$ 5,58 na semana de 24 a 30 de dezembro de 2023, uma alta de 12,5%. Ao longo do último ano, algumas medidas tomadas pelo governo federal foram responsáveis pelo aumento, sendo a principal delas a retomada da cobrança de impostos federais sobre os combustíveis.
A tributação federal sobre a gasolina e o etanol, que tinha sido zerada em 2022 por decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi retomada integralmente em junho de 2023, impulsionando os preços dos combustíveis. O retorno da cobrança já era previsto mesmo antes de Lula tomar posse e em março do ano passado o governo chegou a aplicar um aumento parcial.
Para 2024, a equipe econômica do governo não prevê que os impostos federais voltem a ser reduzidos. A informação foi, inclusive, confirmada pela Receita Federal ao portal G1. Além disso, está prevista a projeção de aumento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), um tributo estadual, a partir de fevereiro, o que deve fazer o preço dos combustíveis subir.
Alexandre Almeida é jornalista profissional (DRT 7742/PE) e editor do portal Radar Político365. Possui experiência como ex-consultor de políticas públicas de juventude para a UNESCO e IBICT, além de ter atuado como assessor parlamentar na Assembleia Legislativa de Pernambuco.
