Em nota divulgada à imprensa, o Sindicato dos Policiais Civis em Pernambuco apontou que o estado teve um dos carnavais mais violentos da história. Durante os dias de festa, contando a partir da quinta-feira (8) até a terça (13), houve 62 homicídios, uma média de ao menos 10 por dia. Deste total, pelo menos três mortes aconteceram nos focos da folia.
No ano passado, o número de assassinatos durante o mesmo período chegou a 60, com nenhum dos casos acontecendo nos polos da festa. Já em 2020 (último Carnaval antes da pandemia), tinham sido 36 homicídios.
Em 2024, além dos homicídios, o número de tentativas também são altos. Conforme trouxe o Sinpol, 34 pessoas foram vítimas de tentativas de assassinato e estão hospitalizadas. Ainda houve 14 estupros, 291 roubos a pedestres, 231 roubos de veículos e 18 roubos identificados como “outros”. No caso de furtos, foram 630 a pedestres, 135 furtos de veículos e 164 outros furtos.
Pouco antes do Carnaval, após os casos de violência envolvendo torcidas organizadas, o Governo do Estado anunciou a troca nos comandos das policiais militar e civil. Sempre que questionados, tanto o chefe da SDS, quanto a governadora garantiam que a mudança não iria interferir no planejamento de segurança, tanto nas cidades que possuem festa, quanto nas que não têm essa tradição.
Durante esse mesmo período, os policiais civis fizeram uma paralisação de 24h e chegaram a anunciar uma greve, mas foram impedidos depois que o Estado entrou com uma ação na Justiça. No levantamento divulgado hoje (15), o sindicato que representa a categoria ainda apontou que o número de homicídios ainda pode ser maior, caso as vítimas de tentativas acabem indo a óbito.
“O Carnaval de Pernambuco é uma das principais festividades do estado, que também é impactada pela falta de uma política de segurança pública da atual gestão, garantidora da vida da população, dos policiais civis e demais forças de segurança. Muitos desses homicídios e outros crimes ocorridos neste Carnaval poderiam ter sido evitados com o devido aporte de investimentos na Polícia Civil, ou seja, na polícia de inteligência”, diz um trecho da nota.
Na próxima segunda-feira (19), o Sinpol vai se reunir com o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Álvaro Porto (PSDB), para discutir uma forma do Poder Legislativo provocar o Estado a abrir uma mesa específica de negociação com os policiais civis.
A SDS convocou uma coletiva de imprensa para, ainda nesta tarde, apresentar o balanço das ações de segurança durante o período de Momo e deve responder aos questionamentos do sindicato.
Fonte: Blog Cenário.
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