A deputada Carla Zambelli (PL-SP) protocolou, na noite de quinta-feira, 22, o pedido de impeachment do presidente Lula após o petista ter comparado a ofensiva israelense em Gaza ao Holocausto.
De acordo com a parlamentar, o pedido foi subscrito por 140 parlamentares – inclusive integrantes da base governista. Um recorde.
Trata-se do pedido de impeachment com a maior adesão parlamentar até hoje. Até então, o recorde era do processo contra Dilma Rousseff, em 2016. Naquele ano, a denúncia contra a petista contou com 124 assinaturas.
Nesta sexta-feira, a Secretaria-Geral da Câmara está analisando e validando todas as assinaturas. Havia a expectativa de que senadores também endossassem o pedido, mas como no rito do impeachment é o Senado que julga o mérito, a oposição ao governo Lula achou por bem não incluir essas assinaturas sob o risco de que elas pudessem ser questionadas no futuro.
Entretanto, como mostramos nesta semana, apesar do intenso movimento da oposição, aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), apontam que são quase nulas as chances de ele dar seguimento ao pedido de impeachment do petista.
Crime de responsabilidade?
No pedido de impeachment, os parlamentares alegam que as declarações do presidente associando a guerra em Israel ao Holocausto configuram um crime de responsabilidade de acordo com o Artigo 5º da Constituição Federal.
Citam: “São crimes de responsabilidade contra a existência política da União: 3 – cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”.
No início desta semana, em agenda na Etiópia, o presidente Lula classificou como genocida a atuação de Israel na Faixa de Gaza e comparou o episódio ao Holocausto judeu durante a Segunda Guerra Mundial.
Fonte: O Antagonista.
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