O general do Exército Richard Nunes, que indicou o delegado Rivaldo Barbosa ao cargo de chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro uma semana antes do assassinato de Marielle Franco, recebeu o título de Cidadão Pernambucano em dezembro de 2022 por proposição do deputado estadual Adalto Santos, do Partido Progressistas.
Richard ocupou o cargo de Comandante Militar do Nordeste entre setembro de 2021 e abril de 2023. O órgão tem sede no bairro do Curado, no Recife.
Na época em que nomeou Rivaldo Barbosa, Richard era o secretário Estadual de Segurança do Rio de Janeiro, posto que ocupou entre fevereiro e outubro de 2018. Atualmente, ele é chefe do Departamento Educação e Cultura do Exército (Decex).
Na justificativa da homenagem na Assembleia Legislativa de Pernambuco, o deputado Adalto Santos chegou a citar o trabalho feito pelo general Richard no Rio de Janeiro.
“No Comando Militar do Leste (CML), exerceu o cargo de Secretário de Estado de Segurança do Rio de Janeiro, no contexto da Intervenção Federal. Esteve nos últimos 2 anos e 7 meses à frente do Centro de Comunicação Social do Exército Brasileiro”, diz o argumento do deputado para justificar a homenagem.
O título foi entregue no dia 15 de dezembro, na presença do então presidente da Alepe, Eriberto Medeiros (PSB), hoje deputado federal, e dos deputados estaduais Aluísio Lessa (PSB) e Romário Dias (PL).
Antes disso, em 11 de agosto de 2022, o general Richard já havia recebido a Medalha do Mérito Judiciário Desembargador Joaquim Nunes Machado, a mais alta condecoração instituída pela Justiça pernambucana, no Grau “Grão Colar de Alta Distinção”. A ação ocorreu no contexto das comemorações de aniversário dos 200 anos do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
Richard bancou a nomeação de Rivaldo, diz PF
Rivaldo Barbosa foi preso no último domingo (25) por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, por suposto envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco, em 2018. Segundo as investigações, o delegado dificultou as investigações sobre o assassinato da parlamentar.
Ele foi nomeado no cargo de chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro no dia 8 de março, tomando posse no dia 13 de março, um dia antes do assassinato de Marielle e Anderson Gomes.
Segundo a Polícia Federal, a área de inteligência da secretaria não recomentou a efetivação de Rivaldo, alegando suspeitas contra o delegado. “Entretanto, o general [Richard Nunes] bancou a nomeação de Rivaldo à revelia do que havia sido recomendado”, diz o relatório da Polícia Federal.
“Posso ter sido ludibriado”
O general Richard Nunes foi ouvido pela Polícia Federal durante as investigações do caso Marielle Franco e negou ter ingerência na escolha de Rivaldo para a chefia da PC do Rio.
“A Subsecretaria de inteligência contraindicou o nome de Rivaldo, mas o depoente decidiu pelo seu nome, tendo em vista que tal contraindicação não se pautava por dados objetivos. Teve contato com Rivaldo na época da força de pacificação”, diz o depoimento.
Em entrevista à Folha de São Paulo, Richard se disse “perplexo” com a prisão de Rivaldo. Ele afirma que “pode ter sido ludibriado”.
“Lógico que essa prisão me deixou perplexo. Como é que pode um negócio assim? É impressionante. É um negócio de deixar de queixo caído. Naquela época, não havia nada que sinalizasse uma coisa dessas, uma coisa estapafúrdia”, disse o militar.
“Eu nunca percebi, e eles até acham que me ludibriaram. Eu posso ter sido ludibriado, como a sociedade inteira, né? A sociedade inteira foi ludibriada”, acrescentou.
O general relatou que, na época, havia elementos para achar que Rivaldo e o delegado Giniton Lages, que conduziu o caso Marielle e também é investigado por participação no crime, estavam no caminho correto da elucidação do crime.
“É isso que está estranho para a minha cabeça até o momento. Se realmente houve essa procrastinação de cinco anos, não foi do Rivaldo e do Giniton. Porque eles, com um ano, prenderam os caras [os executores do crime]”, relatou Richard.
Fonte: Blog do Jamildo.
O general do Exército Richard Nunes, que indicou o delegado Rivaldo Barbosa ao cargo de chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro uma semana antes do assassinato de Marielle Franco, recebeu o título de Cidadão Pernambucano em dezembro de 2022 por proposição do deputado estadual Adalto Santos, do Partido Progressistas.
Richard ocupou o cargo de Comandante Militar do Nordeste entre setembro de 2021 e abril de 2023. O órgão tem sede no bairro do Curado, no Recife.
Na época em que nomeou Rivaldo Barbosa, Richard era o secretário Estadual de Segurança do Rio de Janeiro, posto que ocupou entre fevereiro e outubro de 2018. Atualmente, ele é chefe do Departamento Educação e Cultura do Exército (Decex).
Na justificativa da homenagem na Assembleia Legislativa de Pernambuco, o deputado Adalto Santos chegou a citar o trabalho feito pelo general Richard no Rio de Janeiro.
“No Comando Militar do Leste (CML), exerceu o cargo de Secretário de Estado de Segurança do Rio de Janeiro, no contexto da Intervenção Federal. Esteve nos últimos 2 anos e 7 meses à frente do Centro de Comunicação Social do Exército Brasileiro”, diz o argumento do deputado para justificar a homenagem.
O título foi entregue no dia 15 de dezembro, na presença do então presidente da Alepe, Eriberto Medeiros (PSB), hoje deputado federal, e dos deputados estaduais Aluísio Lessa (PSB) e Romário Dias (PL).
Antes disso, em 11 de agosto de 2022, o general Richard já havia recebido a Medalha do Mérito Judiciário Desembargador Joaquim Nunes Machado, a mais alta condecoração instituída pela Justiça pernambucana, no Grau “Grão Colar de Alta Distinção”. A ação ocorreu no contexto das comemorações de aniversário dos 200 anos do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
Richard bancou a nomeação de Rivaldo, diz PF
Rivaldo Barbosa foi preso no último domingo (25) por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, por suposto envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco, em 2018. Segundo as investigações, o delegado dificultou as investigações sobre o assassinato da parlamentar.
Ele foi nomeado no cargo de chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro no dia 8 de março, tomando posse no dia 13 de março, um dia antes do assassinato de Marielle e Anderson Gomes.
Segundo a Polícia Federal, a área de inteligência da secretaria não recomentou a efetivação de Rivaldo, alegando suspeitas contra o delegado. “Entretanto, o general [Richard Nunes] bancou a nomeação de Rivaldo à revelia do que havia sido recomendado”, diz o relatório da Polícia Federal.
“Posso ter sido ludibriado”
O general Richard Nunes foi ouvido pela Polícia Federal durante as investigações do caso Marielle Franco e negou ter ingerência na escolha de Rivaldo para a chefia da PC do Rio.
“A Subsecretaria de inteligência contraindicou o nome de Rivaldo, mas o depoente decidiu pelo seu nome, tendo em vista que tal contraindicação não se pautava por dados objetivos. Teve contato com Rivaldo na época da força de pacificação”, diz o depoimento.
Em entrevista à Folha de São Paulo, Richard se disse “perplexo” com a prisão de Rivaldo. Ele afirma que “pode ter sido ludibriado”.
“Lógico que essa prisão me deixou perplexo. Como é que pode um negócio assim? É impressionante. É um negócio de deixar de queixo caído. Naquela época, não havia nada que sinalizasse uma coisa dessas, uma coisa estapafúrdia”, disse o militar.
“Eu nunca percebi, e eles até acham que me ludibriaram. Eu posso ter sido ludibriado, como a sociedade inteira, né? A sociedade inteira foi ludibriada”, acrescentou.
O general relatou que, na época, havia elementos para achar que Rivaldo e o delegado Giniton Lages, que conduziu o caso Marielle e também é investigado por participação no crime, estavam no caminho correto da elucidação do crime.
“É isso que está estranho para a minha cabeça até o momento. Se realmente houve essa procrastinação de cinco anos, não foi do Rivaldo e do Giniton. Porque eles, com um ano, prenderam os caras [os executores do crime]”, relatou Richard.
Fonte: Blog do Jamildo.
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