A governadora Raquel Lyra (PSDB) está no centro de uma controvérsia política em Pernambuco, onde sua administração enfrenta críticas por supostamente tentar minar os direitos dos profissionais de segurança pública. O foco da disputa é o Projeto de Lei (PL) que propõe a extinção das faixas salariais para policiais militares e bombeiros.
O projeto original tem sido objeto de críticas por não atender às demandas da categoria. Emendas foram propostas visando melhorar a legislação, mas o governo estadual tem sido acusado de retaliar deputados que apoiam essas mudanças. Na última reunião da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ), o governo conseguiu desarticular a votação das emendas, o que levou a acusações de manipulação política.
Uma das táticas do governo foi tentar destituir o deputado Romero Albuquerque da vice-presidência do colegiado, na esperança de garantir uma maioria alinhada aos seus interesses. Essa ação foi vista como uma tentativa de intimidar os parlamentares que ousam desafiar a vontade do governo.
O clima político acirrado levou a acusações de autoritarismo por parte do governo estadual. O deputado Romero Albuquerque, alvo das articulações do governo, denunciou a tentativa de intimidação, afirmando que isso não apenas ameaça sua posição na CCLJ, mas também mina a independência do legislativo e os princípios democráticos.
Além disso, o governo tem sido criticado por alegar falta de orçamento para implementar as mudanças propostas no projeto, apesar de ter recebido verbas específicas para esse fim. Essa postura tem sido interpretada como uma tentativa de evitar a derrota política.
Diante do cenário tenso, a próxima reunião da CCLJ se torna crucial. A relatora do projeto, deputada Débora Almeida, pediu a retirada da proposta da pauta, o que gerou indignação entre os agentes de segurança e seus familiares presentes.
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