As campanhas de Joe Biden e Donald Trump acertaram os detalhes de uma ação inédita na disputa presidencial moderna: ambos estariam dispostos a participar de um debate na CNN americana em 27 de junho, no primeiro encontro dos dois desde as eleições de 2020.
O acordo mostra que ambas as campanhas estão com pressa — afinal, elas estão aceitando colocar seus candidatos em rede nacional de televisão antes mesmo das convenções partidárias, que os confirmarão como candidatos oficiais nas eleições.
A convenção do Partido Republicano ocorrerá apenas três semanas após o debate da CNN, em Milwaukee; a convenção do Partido Democrata levará ainda seis semanas, e será em Chicago.
Há uma razão em comum para que o presidente e o ex-presidente tenham topado novas regras e esnobado a tradicional organização de debates: eles precisam mobilizar suas bases, e precisam mobilizar já.
Biden tem visto o núcleo mais ativo dos democratas, composto por jovens e alas mais progressistas do partido, se distanciarem do partido. Em um momento tão próximo da eleição, esse é um luxo que o atual presidente não pode se dar e, para isso, tenta sacudir o jogo domo poder: além de ações mais duras contra Israel (visando um voto mais simpático a quem tende a apoiar mais a causa Palestina), Biden tenta não apenas se mostrar antenado, como um antenado sadio aos 81 anos.
Apesar disso, uma pesquisa do final de abril feita pela CNN mostrou que 62% dos jovens até 35 anos está insatisfeito com as alternativas à presidência este ano. A mesma proporção está infeliz com a atual direção que o país está tomando.
Já Donald Trump precisa usar dos poucos momentos seus fora da corte em Nova York — onde é legalmente obrigado a comparecer a todos os dias de seu julgamento, no qual é acusado de pagar propina para que uma atriz de filmes adultos não+ fale sobre um caso que tiveram.
Fonte: Crusoé.