Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliam que ele foi bem-sucedido em dar protagonismo ao governo federal na resposta à tragédia no Rio Grande do Sul.
Nas palavras de uma fonte próxima ao presidente ouvida pelo blog, Lula teria dado uma espécie de xeque-mate ao anunciar a criação de um ministério extraordinário, combinado à ajuda financeira voltada às famílias atingidas pela chuva.
Com o novo ministério comandado por Paulo Pimenta, Lula garante que todas as medidas federais em apoio às vítimas sejam reconhecidas pela população como sendo de autoria de seu governo.
É uma forma, prossegue o aliado, de evitar que o dinheiro saia dos cofres federais e renda frutos financeiros apenas para o governo e prefeituras gaúchas.
Já os auxílios, em especial o pagamento de R$ 5,1 mil por família afetada, garante uma marca para o governo federal de fácil entendimento da população.
Há ressalvas no time próximo a Lula se a escolha de Pimenta não acirra desnecessariamente os ânimos na relação com o PSDB, dado o potencial eleitoral do ministro como possível candidato ao governo gaúcho ou ao Senado. Ainda assim, o balanço, diz outro líder próximo de Lula, é positivo para Lula.
Oficialmente, a ordem é não falar em eleição. Nos bastidores, entretanto, é consenso no time mais próximo do presidente que ele neutralizou ao menos parte do capital político que a crise garantiu ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. O tucano é pré-candidato à Presidência em 2026.
Como informou mais cedo a analista Basília Rodrigues, Leite prepara seu próprio anúncio de um programa de reconstrução, reunindo ações específicas do governo do Estado. O anúncio está previsto para ocorrer nesta sexta-feira.
Fonte: CNN Brasil.