A federação PSOL/Rede definiu, em reunião realizada na noite da última segunda (17), que a convenção para homologação da candidatura à prefeitura do Recife será realizada no dia 20 de julho. A atividade acontecerá na Casa Marielle Franco, às 14h, com a realização de um ato político na sequência. Além da data da convenção, a federação PSOL/Rede aprovou, também, uma resolução em que defende a pré-candidatura da deputada estadual Dani Portela à prefeitura da capital como a opção verdadeiramente à esquerda neste processo eleitoral.
O documento aprovado pela federação afirma que o palanque ampliado que vem sendo construído pelo atual prefeito representa as velhas práticas da política, incorporando adesões de siglas como União Brasil, representante da direita, na concepção do seu novo projeto de governo. “Esse é um discurso velho, apesar da alardeada juventude do prefeito atual. O Recife é uma das cidades mais ameaçadas pelas mudanças climáticas em todo o mundo. As vidas perdidas durante as chuvas em 2022 são um reflexo do despreparo da cidade para lidar com as mudanças climáticas e um marcante racismo ambiental, aprofundado pela ausência de políticas de habitação. O PSB vem governando o Recife há 12 anos e não se observa uma mudança real, uma mudança estrutural da perspectiva de uma cidade inclusiva. Nós, da federação PSOL/Rede, propomos essa mudança de forma efetiva”, pontua a resolução. Além disso, o documento defende que a postulação represente um enfrentamento real ao bolsonarismo.
Para a presidente da federação municipal PSOL/Rede, Luiza Carolina, a disputa pelo Recife deve se dar com o compromisso com a redução das desigualdades. “Não podemos mais aceitar viver em uma cidade onde parte da população ainda resida em palafitas, onde a população em situação de rua siga em crescimento, sem uma política pública efetiva para a resolução da sua situação e onde a fome siga sendo uma realidade para milhares de pessoas. Precisamos de uma cidade na qual a qualidade de vida seja o foco, e que cada pessoa tenha seus direitos respeitados e garantidos, com o fortalecimento dos serviços públicos e com uma mobilidade que atenda às necessidades sobretudo da classe trabalhadora, de modo que o transporte público não aprofunde ainda mais as desigualdades, sobretudo com as mulheres negras e periféricas”, afirma.
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