O presidenta da França, Emmanuel Macron, foi tachado de “transfóbico”, na última quarta-feira (19), por considerar grotesca a ideia de agilizar o sistema de mudança legal de sexo no país, tal como foi proposto pela nova Frente Popular de esquerda.
Sobre o primeiro partido, ele disse que “inclui coisas grotescas, como mudar legalmente de sexo com um agendamento na prefeitura”. Atualmente, este processo é legal na França, embora tenha alguns obstáculos, como a validação por um tribunal judicial.
O comentário de Macron, cujo partido Renascimento aparece em terceiro lugar nas pesquisas, provocou uma onda de críticas no campo progressista francês e em algumas vozes de sua própria legenda.
– A direita não precisa mais fazer campanha. Macron faz isso por eles. No meio de uma ofensiva transfóbica, é irresponsável e imundo – afirmou nas redes sociais o deputado da França Insubmissa (LFI) Clémence Guetté.
O partido de Clémence lidera a nova Frente Popular, nome inspirado na coalizão governamental antifascista que esteve no poder na França entre 1936 e 1938.
Cau Marie, reconhecida como a primeira prefeita transgênero na França desde que administrou a cidade de Tilloy-lez-Marchiennes em 2020, reclamou que “não há nada de grotesco” em acelerar os procedimentos de mudança de sexo. Segundo ela, a medida se enquadra no “respeito pela vida privada e pela identidade das pessoas”, tal como recomenda o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.
*EFE
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