Em um marco histórico para o Brasil, Valdecy Urquiza, atualmente vice-presidente da Interpol nas Américas e diretor de cooperação internacional da Polícia Federal (PF), foi eleito o novo Secretário-Geral da Interpol. Esta eleição colocou, pela primeira vez, um brasileiro na linha de frente do comando desta renomada organização internacional de polícia.
O resultado da eleição foi decidido após uma votação entre os 13 países do comitê executivo da Interpol, com Valdecy recebendo a preferência com 8 votos, contra 5 de seu concorrente, um inglês. O anúncio recente da escolha de Urquiza simboliza uma partida significativa que quebra a hegemonia de 100 anos dominada por europeus e norte-americanos.
Como foi o processo de eleição de Valdecy Urquiza?
A eleição de Urquiza é o culminar de um intenso processo de seleção e discussão envolvendo diversos países membros da Interpol. Prevista para ser finalizada em novembro, com a confirmação por parte dos 195 países membros durante a assembleia geral da organização, esta escolha reflete uma nova era na governança da Interpol.
Por que a eleição de um brasileiro é tão significativa?
O fortalecimento do papel do Brasil na esfera de cooperação policial internacional não apenas eleva o prestígio da Polícia Federal brasileira, mas também pode contribuir significativamente para a modernização e adaptação da organização frente aos desafios contemporâneos do crime transnacional. A liderança de Urquiza promete trazer perspectivas revitalizadas e maior diversidade ao comando da organização.
O que faz o Secretário-Geral da Interpol?
O secretário-geral desempenha um papel crucial na operacionalização das estratégias e diretrizes estabelecidas pela assembleia geral e pelo comitê executivo da Interpol. Trabalhando a partir da sede em Lyon, o Secretário-Geral age como um CEO, direcionando e gerenciando recursos, e implicando diretamente na eficácia com que a organização atua no combate ao crime em nível global.
Além de seu papel operacional, o Secretário-Geral tem a missão de promover a cooperação e a integração entre os países membros, algo de extrema importância em uma era marcada por desafios como o cibercrime e o terrorismo internacional.
O apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, junto a relevantes esforços diplomáticos realizados com líderes de estados membros da Interpol, foi crucial para essa conquista. Sob a campanha estrategicamente organizada pelo Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Justiça e Segurança Pública, e a própria PF, o Brasil conseguiu consolidar seu papel na liderança da Interpol.
Com essa conquista, o país inaugura uma nova face na diplomacia policial internacional, enfatizando o nosso compromisso e competência no combate ao crime organizado e na promoção da justiça em escala mundial.
Fonte: O Antagonista.