A avaliação do Governo Raquel Lyra no Recife foi medida por pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (7). Segundo o levantamento, a gestão estadual é reprovada por 48% dos recifenses.
Já 36% consideram o trabalho regular e 16% avaliam como ótimo ou bom o desempenho da administração. Entre os pesquisados, 1% disse não saber avaliar.
O Instituto Datafolha ouviu 616 eleitores recifenses, entre os dias 2 e 4 de julho.
A margem de erro da pesquisa é de quatro pontos percentuais para mais ou menos. Já o nível de confiança da amostragem é de 95%.
O levantamento foi publicado pelo jornal Folha de S.Paulo e registrado na Justiça Eleitoral sob o número PE-09910/2024.
Especialistas comentam
Na opinião da doutora em Ciência Política Priscila Lapa, a governadora Raquel Lyra representa, hoje, uma contradição. É alguém que chegou como novidade na política, mas não conseguiu, até o momento, clareza nas entregas.
“Ela trouxe essa renoção pela juventude e por alguém que inovava por ser mulher, de trazer a expectativa de ser uma governadora do Interior, pela primeira vez a gente vê o desenvolvimento pela ótica do Interior, mas que não conseguiu, ainda, emplacar essa agenda de entregas, uma conexão e clareza de entrega”, observou Priscila Lapa.
Para ela, há erros também na comunicação de Raquel Lyra. “Ela não tem ainda uma estratégia de comunicação assertiva, apesar de estar presente nas redes”, comentou.
Já o professor e cientista político Isaac Luna aponta falhas na articulação política de Raquel Lyra.
“O que nós viemos assistindo nesses dois primeiros anos da governadora são embates com a Assembleia Legislativa, com lideranças políticas, dificuldade de articular, um secretariado inconstante, que foi substituído por mais de uma vez, uma dança das cadeiras muito permanente. Isso dificulta que ela coloque a agenda do seu governo, a agenda política do seu governo em prática. Essa quetão da articulação política é efetivamente um dos grandes problemas da ausência de resultados mais efetivos do Governo Raquel Lyra que animem o eleitorado para avaliá-la positivamente”, analisou Luna.
“Soma-se a isso a questão da identidade ideológica do Governo Raquel Lyra, essa aproximação do Governo Lula (PT), que desagrada uma parte da sua base, já que ela foi eleita um pouco pela oposição ao Governo Lula”, acrescentou o professor.