Filiado ao PT desde 1985, o senador Paulo Paim (RS, foto) confrontou nesta terça-feira, 30, a nota emitida pela Executiva Nacional do seu partido para celebrar a farsa eleitoral promovida pela ditadura de Nicolás Maduro no domingo, 28.
No X, o parlamentar afirmou que “não há democracia” sem transparência no processo eleitoral.
“A situação na Venezuela é gravíssima e lamentável. Espero por dias melhores para o seu povo e para o país como um todo. Sem transparência no processo eleitoral, liberdade política e de expressão, e respeito aos direitos humanos, não há democracia.”
PT chama farsa eleitoral de Maduro de “democrática”
Como mostramos, a Executiva Nacional do PT divulgou uma nota na noite de segunda-feira, 29, para saudar o povo venezuelano “pelo processo eleitoral ocorrido no domingo, dia 28 de julho de 2024, em uma jornada pacífica, democrática e soberana”.
O partido se antecipou, assim, ao próprio governo Lula, que ainda aguarda esclarecimentos que embasem a proclamação da vitória do ditador Nicolás Maduro pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela.
A nota do PT diz o seguinte: “Temos a certeza de que o Conselho Nacional Eleitoral, que apontou a vitória do presidente Nicolas Maduro, dará tratamento respeitoso para todos os recursos que receba, nos prazos e nos termos previstos na Constituição da República Bolivariana da Venezuela”.
É difícil entender de onde sai essa certeza do PT. Não apenas a oposição foi impedida de acompanhar a apuração dos votos, como o procurador-geral da República denunciou três dos opositores de Maduro por um alegado ataque cibernético durante a contagem dos votos.
Venezuela agradece ao PT
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, agradeceu ao PT, em nome de Nicolás Maduro, por endossar a farsa eleitoral promovida pelo ditador venezuelano com “calorosas felicitações”.
“Em nome do presidente Nicolás Maduro, agradecemos ao PT, o partido no poder do Brasil, pelas suas calorosas felicitações pelo processo eleitoral de domingo. Agradecemos o reconhecimento do trabalho do poder eleitoral e dos resultados que demonstram a soberania do povo venezuelano”, escreveu o chanceler no X, antigo Twitter.
Fonte: O Antagonista.