O presidente argentino Javier Milei expressou nesta quinta-feira (1º) seu agradecimento ao Brasil por assumir a custódia da embaixada argentina na Venezuela. O anúncio foi feito por Milei através da rede social X (antigo Twitter). Milei elogiou a decisão brasileira, destacando a importância da proteção dos cidadãos argentinos e dos interesses de seu país na Venezuela. “Agradeço enormemente ao Brasil por assumir a custódia da embaixada. Também somos gratos pela representação temporária dos nossos interesses”, escreveu Milei. A Argentina havia solicitado apoio internacional para proteger políticos da oposição venezuelana que estão asilados na embaixada em Caracas, após o governo de Nicolás Maduro decidir expulsar o corpo diplomático argentino.
O Ministério das Relações Exteriores argentino informou que a custódia brasileira inclui a Embaixada e a Residência Oficial em Caracas, que abrigam os asilados políticos desde 20 de março. Segundo o ministério, os diplomatas argentinos foram forçados a deixar a Venezuela em resposta às ações do governo Maduro, que reagiu à condenação da fraude eleitoral ocorrida no domingo passado. Milei expressou a esperança de uma rápida normalização da situação, afirmando: “Estou confiante de que em breve reabriremos nossa embaixada em uma Venezuela livre e democrática.” O presidente argentino também ressaltou a força dos laços entre Argentina e Brasil e a expectativa de que a Venezuela respeite os tratados internacionais sobre relações diplomáticas e consulares.
A diplomacia argentina detalhou que a custódia brasileira abrange todos os bens e arquivos da missão argentina em Caracas, além da proteção dos interesses e cidadãos argentinos na Venezuela. Os asilados venezuelanos, que não puderam deixar o país junto com os diplomatas argentinos, devido a violações do governo venezuelano à Convenção de Caracas sobre Asilo Diplomático, continuam sob a proteção brasileira. Na quarta-feira, a chanceler argentina, Diana Mondino, pediu em Washington a solidariedade de outros países para apoiar a proteção dos asilados durante uma reunião de emergência do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA). Os diplomatas argentinos, assim como representantes de outros seis países latino-americanos, foram obrigados a deixar a Venezuela nesta quinta-feira, após a expulsão decretada por Caracas em resposta à não aceitação da vitória de Nicolás Maduro nas eleições recentes.
Fonte: Jovem Pan.