Rebeca Andrade garantiu a prata nesta quinta-feira (1) no individual geral. Essa é a sexta medalha do Brasil nas Olimpíadas de Paris, sendo a terceira de prata e a segundo de Rebeca, que já tinha conquistado o bronze da terça-feira. Rebeca Andrade e Simone Biles foram para a final do individual geral das Olimpíadas de Paris como as grandes favoritas ao primeiro lugar. Durante toda a prova elas foram impondo desafios uma a outra. A brasileira até chegou a assumir a liderança após as barras assimétricas, segundo aparelho a ser executado. A norte-americana começou levanto a melhor. Fez 15.766 no salto, contra 15.100 da brasileira. Rebeca, entretanto, conseguiu uma pontuação maior nas barras assimétricas. Fez 14.666 contra 13,733 de sua adversária. Mas Simone voltou a liderança na trave. Apesar da bela performance apresentada pela brasileira, ela teve um desequilíbrio em um dos saltos e foi punida. A norte-americana tirou 14.566 contra 14.133 da brasileira. A decisão foi para o solo, onde as duas são ótimas. Rebeca, que tinha sido a última na trave, foi a penúltima a se apresentar, enquanto Simone foi a última, o que fez a brasileira esperar até o último minuto para saber qual a cor seria a de sua medalha.
A ginasta brasileira, já dona de três medalhas olimpíadas, uma de ouro, outra de prata e uma de bronze, foi para sua apresentação precisando tirar a vantagem de 0.166 da norte-americana. Tirou 14.033 e assumiu a primeira posição, mas Simone mostrou o porquê é a melhor ginasta da atualidade. Fez uma apresentação de solo impecável e tirou 15.066, ficando com a primeira posição. O solo foi completado por Susina Lee, dos Estados Unidos, que tinha ficado com o ouro nos jogos de Tóquio. A prata conquistada em Paris é a segunda consecutiva de Rebeca nesta categoria, porque ela tinha ficado em segundo lugar nos Jogos de 2020. A conquista colocou Rebeca em uma lista seleta dos maiores medalhistas do Brasil. Conquistou sua quarta medalha na ginástica em Olimpíadas.
Ela passa a ser a mulher brasileira com maior número de medalhas olímpicas. Este é o segundo recorde que Rebeca quebra em Paris-2024. Ao se classificar para cinco finais, superou as marcas de Jade Barbosa (Pequim-2008) e dela mesmo, em Tóquio, em 2021. Em ambos os casos, as ginastas haviam disputado três decisões nos Jogos. “O futuro a Deus pertence. Eu falo assim porque realmente, para mim, é muito difícil fazer individual geral depois de tantas lesões. Enquanto meu corpo aguentar, eu vou estar aqui. Pode ser que eu não faça todos os aparelhos. É importante preparar também os fãs, porque, quando a gente se despede, é muito difícil”, afirmou, após a medalha de bronze por equipes. Depois de uma série de lesões na carreira, principalmente de ligamento, a ginasta vive em Paris a melhor fase de sua carreira, mas não garante uma longa continuidade na Olimpíada.
Fonte: Jovem Pan.