O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela atualizou o resultado das eleições presidenciais, nesta sexta-feira (2), e confirmou o ditador Nicolás Maduro como vencedor. Entretanto, a entidade não mostrou as atas que provariam o resultado, contrariando os reiterados pedidos da comunidade internacional, incluindo o Brasil.
As apurações das urnas haviam sido interrompidas no último domingo (28). Nesta sexta (2), o CNE afirmou que 96,87% da apuração foi concluída. Segundo os números repassados pelo órgão, o chavista teria conquistado 51,95% dos votos, contra 43,18% de Edmundo González.
A Suprema Corte realizou nesta sexta uma auditoria com os dez candidatos presidenciais, incluindo Maduro e González. A oposição afirma possuir contagens que indicam 67% dos votos para Urrutia e se recusa a reconhecer o resultado apresentado pelo CNE sem as atas.
Diante da situação, a Argentina, os Estados Unidos e o Uruguai declararam que não reconhecem a eleição e que os dados exibidos pela oposição comprovam a vitória de Edmundo.
O Brasil, por sua vez, segue mantendo um discurso de “cautela” e evita se posicionar. O assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, disse à CNN que “não temos essa visão clara, porque as atas não foram distribuídas conforme se esperava”.
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