A militância do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) de Goiana divulgou uma nota de repúdio criticando a direção municipal do partido pela falta de apoio à pré-candidatura do ex-deputado federal Harlan Gadelha Filho à prefeitura da cidade.
O documento, assinado por diversos militantes, acusa a direção do partido, liderada pela corrente Primavera Socialista, de omissão e de favorecer alianças com partidos de direita.
No último congresso partidário, o PSOL de Goiana foi disputado por grupos externos ao partido, que acabaram por vencer a plenária com a tese 01 (Primavera Socialista). Segundo a nota, esse setor nunca organizou o partido de fato e atualmente apoia o Partido Liberal (PL), associado a Jair Bolsonaro, na cidade.
Apesar das dificuldades, a militância do PSOL que permaneceu ativa em Goiana se mobilizou para lançar uma candidatura majoritária que representasse uma alternativa de esquerda para o município. O nome de Harlan Gadelha foi acolhido como a melhor opção para enfrentar o cenário político local.
A nota acusa a direção municipal do PSOL, sob a liderança do tesoureiro estadual João Arnaldo, de ignorar a proposta apresentada em torno da candidatura de Gadelha. Segundo o documento, não houve esforço por parte dos dirigentes em defender o nome de Harlan Gadelha para a chapa majoritária, tampouco em articular alianças com outros partidos de esquerda ou organizar uma chapa proporcional.
A militância alega que a inação da direção do partido visa permitir que o PSOL permaneça inerte, facilitando o apoio à direita local. “Infelizmente, o PSOL Goiana perdeu uma oportunidade histórica de propor um projeto popular, alternativo e de esquerda”, afirma a nota.
O documento também expressa gratidão aos grupos Revolução Solidária, Subverta e PSOL de Todas as Lutas, além de destacar o apoio do presidente estadual da federação PSOL/REDE, Jerônimo Galvão, que sempre acreditou no projeto de Gadelha.
A nota termina conclamando a militância a seguir firme na luta por um projeto político verdadeiramente popular e de esquerda para Goiana. O documento é assinado por Harlan Gadelha, Kátia Cunha, Severino Ramos, Emanuele Cristina, José Carlos, Luciana Clemente, Isabel Cristina, Willamis Teixeira Cavalcante de Souza e Washington Silva, evidenciando um descontentamento significativo dentro das bases do partido.