Neste domingo (18), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou que Silvio Santos seria um “candidato muito forte” à Presidência na eleição de 1989. A declaração foi dada durante entrevista à CNN Brasil.
Alckmin também falou que o dono do SBT serviu ao país em sua área de influência.
– Poucas pessoas eram tão conhecidas, tão queridas. [Silvio] acabou não sendo candidato, mas serviu ao Brasil na sua área de influência – comentou.
IMPUGNADO PELO TSE
Em determinados momentos de sua trajetória, o apresentador Silvio Santos tentou transformar sua visibilidade na TV em capital político, tendo chegado a se aventurar como candidato em uma eleição presidencial. O fato curioso ocorreu em 1989.
Na época, o Partido da Frente Liberal (PFL) – que gerou o Democratas e, mais tarde, o União Brasil – articulou a candidatura de Silvio à Presidência por meio do PMB (Partido Municipalista Brasileiro), que oficializou o nome do candidato no dia 31 de outubro.
As pesquisas mostravam que a ideia era promissora. Segundo pesquisa do Datafolha, Silvio chegou a ter 14% das intenções de voto, empatando com Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Fernando Collor de Mello (PRN) estava na liderança.
Entretanto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) impugnou a candidatura do dono do SBT por sete votos a zero. A Corte recebeu 18 pedidos de impugnação contra a chapa do proprietário do SBT.
Entre os motivos, estavam irregularidades no registro provisório do partido que lançou Silvio. Além disso, o apresentador não deixou o comando da emissora seis meses antes, como requer a legislação.
– Silvio Santos era inelegível por ser, de fato, dirigente de uma rede televisiva de alcance nacional, conquanto não constasse formalmente como seu diretor, e por ser a empresa concessionária de serviço público – disse o TSE.
Dessa forma, Lula avançou em direção ao segundo turno, concorrendo ao cargo de presidente com Collor. O petista foi derrotado naquele pleito, e Collor foi eleito com 46,96% dos votos.
Silvio também cogitou ser candidato à Prefeito de São Paulo, entretanto, a ideia chegou a gerar pancadaria em 1992. Acontece que parte do PFL apoiava o apresentador, e outra ala discordava. A briga inviabilizou a candidatura de Silvio pelo partido. A falta de apoio também impediu que ele ingressasse na política nas eleições de 1988.
Embora nunca tenha entrado efetivamente para o meio político, o dono do SBT teve um genro que tornou-se ministro das Comunicações do governo Jair Bolsonaro (PL). Trata-se de Fabio Faria, casado com a filha do dono do baú, Patricia Abravanel, que sucedeu o pai em programas do SBT.
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