O Sudário de Turim — a relíquia funerária na qual Jesus Cristo supostamente foi envolto após sua crucificação — tem sido uma fonte de fascínio e discórdia há muito tempo.
O pano, que parece ter a marca do corpo de Cristo e é devidamente reverenciado, foi denunciado por João Calvino como superstição durante a Reforma Protestante. Nos anos oitenta, uma datação por radiocarbono levou ao consenso generalizado de que o sudário era uma falsificação medieval.
Na última semana, porém, pesquisadores italianos descobriram, usando a mais recente tecnologia, que o pano poderia de fato datar da vida de Cristo há 2000 anos e poderia realmente conter uma impressão milagrosa de seu corpo e rosto.
O estudo foi conduzido pelo professor italiano Liberato de Caro, que afirma que a análise de raios-X identificou semelhanças entre o Sudário de Turim e um tecido encontrado em Masada, Israel, datado entre 55 e 74 d.C.
De Caro também apontou a presença de partículas de pólen do Oriente Médio nas fibras do sudário, contrariando a hipótese de que o tecido fosse europeu.
A partir das novas informações, tecnologias avançadas de IA, como as empregadas pela plataforma Midjourney, geraram imagens vívidas do rosto impresso no sudário.
As imagens geradas apresentam características que remetem fortemente às representações tradicionais de Jesus na arte, como o cabelo longo e a barba.
O que é o Santo sudário?
A Bíblia relata que José de Arimatéia envolveu o corpo de Jesus em um lençol de linho antes de colocá-lo no túmulo, conforme descrito em Mateus 27,59-60. Esse lençol seria o santo sudário.
Embora a autenticidade do Sudário de Turim seja um tema de debate há séculos, a Igreja Católica não se pronuncia oficialmente sobre sua veracidade.
Agora, novas evidências sugerem que o Santo Sudário pode ter sido feito durante o mesmo período, reforçando a teoria de que o pano possa ser autêntico.
Diversos pontífices já trataram o sudário como uma relíquia sagrada, incluindo o Papa Francisco, que fez uma peregrinação a Turim em 2015 para rezar diante do tecido.
Fonte: O Antagonista.