Os novos ministros do governo da França tomaram posse nesta segunda-feira (23), dois dias após a nomeação, em meio a uma grande incerteza sobre a duração do mandato devido à ausência de uma maioria parlamentar clara. Composto principalmente por integrantes do partido do presidente Emmanuel Macron, segundo colocado nas últimas eleições legislativas, e do tradicional partido conservador Os Republicanos, quarto colocado, o governo liderado por Michel Barnier realizou uma reunião informal antes de cada um deles, 38 no total, ocupar seus novos cargos. Um Conselho de Ministros será realizado nesta tarde. O foco principal foi a posse do novo ministro do Interior, Bruno Retailleau, conhecido por suas posições conservadoras em questões sociais e de imigração, que, diante do antecessor, Gérald Darmanin, garantiu que sua prioridade será “restabelecer a ordem”.
Uma declaração de intenções para um veterano da política francesa com origens pró-soberania que, até então, liderava o grupo parlamentar de seu partido no Senado e cuja nomeação provocou as principais críticas da esquerda, que venceu as eleições legislativas, mas está praticamente ausente do novo governo. O rosto de Retailleau é o mais visível entre os ministros conservadores nomeados, procedentes da ala mais à direita do partido, muitas vezes com posições duras contra a imigração e o casamento entre pessoas do mesmo sexo. O único representante da esquerda é Didier Migaud, um ex-deputado socialista que se retirou da linha de frente política há 14 anos e que, aos 72 anos, foi nomeado ministro da Justiça e número 2 do Executivo, depois de ter presidido o Tribunal de Contas e a Autoridade para Transparência na Vida Pública.
Fonte: Jovem Pan.