O senador Sergio Moro (União-PR) e o ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo-PR) se pronunciaram, na manhã desta terça-feira (29), a respeito da anulação das condenações de José Dirceu (PT) referentes à Operação Lava Jato, determinada após decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Moro e Dallagnol foram figuras emblemáticas da Lava Jato. Hoje senador, Moro foi um dos principais juízes envolvidos na operação, que durou de 2014 a 2021. Dallagnol, por sua vez, atuou como procurador.
Moro: “Combate à corrupção foi esvaziado”
Em suas redes sociais, o ex-juiz afirmou que “não existe base convincente” para a anulação determinada por Mendes, e que “o combate à corrupção foi esvaziado no Brasil” na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Dallagnol compara decisão com condenações do 8 de janeiro
O ex-procurador e ex-deputado federal também se pronunciou em suas redes sociais. Primeiro, Dallagnol republicou uma notícia sobre a determinação de Mendes, e escreveu, de forma irônica, “Da série ‘precisamos recivilizar o país’”.
Cerca de uma hora depois fez novo pronunciamento, no qual comparou pessoas que foram condenadas no inquérito do 8 de janeiro a Dirceu, caracterizado por Dallagnol como “livre, leve e solto”
Entenda a decisão do STF
O ministro Gilmar Mendes determinou nesta segunda-feira (28) a anulação de todos os atos processuais do ex-juiz Sergio Moro em duas ações penais contra o ex-ministro José Dirceu no âmbito da operação Lava Jato.
A decisão permite, na prática, que Dirceu deixe de ser ficha suja e reverta sua inelegibilidade.
A nova decisão anula todos os atos e tem impacto direto nos recursos que tramitavam no STJ. Mendes atendeu a um pedido feito pelos advogados do ex-ministro e estendeu a Dirceu os efeitos da decisão do STF que considerou Sergio Moro suspeito de atuar em processos contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Fonte: CNN Brasil.