Em uma ação judicial eleitoral, o Partido AGIR, representado por seu presidente municipal, Rijaime Lopes, e pelo ex-candidato a prefeito, Fernando Veloso, acusam o Partido Liberal (PL) de fraude eleitoral na eleição municipal de 2024. A denúncia foi apresentada na última quarta-feira, 18, 025ª Zona Eleitoral de Goiana.
A ação de investigação judicial eleitoral (AIJE) alega que o PL registrou a candidatura fictícia de Camila Maria Barros Carvalho de Mendonça, conhecida como “Camila”, apenas para cumprir a cota de gênero exigida por lei. Segundo a denúncia, Camila não realizou atos de campanha, não teve movimentação financeira e obteve apenas 13 votos, o que indica que sua candidatura foi uma “candidatura laranja”.
A acusação é reforçada por declarações da própria Camila, que em documentos cartoriais, segundo o partido, afirmou ter sido convidada a se filiar ao PL para compor a cota de gênero, sem a intenção de realmente concorrer. Ela também relatou que recebeu R$ 3.000,00 do candidato a prefeito pelo PL, Walter Batista, para permanecer na chapa.
O Partido AGIR solicita a cassação do registro do PL e dos diplomas dos candidatos eleitos, além da nulidade dos votos obtidos pelo partido. A ação destaca a importância de combater fraudes que desvirtuam a cota de gênero, prejudicando a representatividade feminina na política.
A Justiça Eleitoral de Goiana analisará as provas e decidirá sobre a procedência da ação. Caso a fraude seja confirmada, os candidatos do PL poderão ser penalizados com a inelegibilidade por oito anos e a redistribuição dos mandatos conquistados.
O espaço segue aberto caso a direção do PL de Goiana queira se pronunciar.