Shamsud-Din Jabbar, autor do ataque que matou 15 pessoas em Nova Orleans no Ano-Novo, gravou vídeos detalhando sua radicalização e planos iniciais de matar membros da família antes de decidir cometer o atentado em nome do Estado Islâmico (ISIS).
De acordo com fontes da investigação, Jabbar relatou sonhos que motivaram sua adesão ao ISIS. Ele gravou essas mensagens durante a viagem do Texas à Louisiana, explicando a intenção de causar o maior número possível de vítimas no ataque na Bourbon Street. Investigadores indicam que sua conversão ao Islã aconteceu recentemente.
Descrito como emocionalmente instável nos últimos meses, Jabbar enfrentava sérias dificuldades financeiras. Documentos judiciais mostram dívidas acumuladas de cartão de crédito, risco de perder a casa por falta de pagamento e prejuízos em negócios como a empresa Blue Meadow Properties.
Jabbar também teve dois casamentos marcados por conflitos. Em 2020, sua segunda esposa conseguiu uma ordem de restrição devido a comportamento ameaçador. Ele também tinha uma condenação por furto em 2002.
O veículo usado no ataque, uma caminhonete elétrica Ford F-150 Lightning alugada pela plataforma Turo, estava carregado com armas, dispositivos explosivos improvisados e uma bandeira do Estado Islâmico. Próximo ao local do atentado, as autoridades detonaram uma caixa térmica com materiais suspeitos, incluindo pregos e tubos. A Turo confirmou que desativou o veículo e está colaborando com as investigações.
Outro ataque em Las Vegas, envolvendo a explosão de um Tesla Cybertruck, também usou um veículo alugado pela mesma plataforma, mas as autoridades ainda não estabeleceram conexão direta entre os casos.
O atentado aconteceu em uma área extremamente movimentada de Nova Orleans, onde barreiras de segurança estavam sendo substituídas, facilitando o avanço do veículo sobre a multidão. As falhas no sistema de proteção foram reconhecidas pelas autoridades.
Com a proximidade de eventos como o Super Bowl, marcado para fevereiro na cidade, o ataque aumentou o alerta sobre segurança pública e reacendeu debates sobre como prevenir o terrorismo doméstico. A investigação federal continua, focando na identificação de possíveis cúmplices de Jabbar.
Fonte: O Antagonista.