O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encontra nesta terça-feira (7) o publicitário Sidônio Palmeira para definir, ainda nesta semana, a troca na chefia da Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo.
Palmeira é cotado para substituir Paulo Pimenta, que está à frente da Secom hoje. Os dois se encontraram com Lula na manhã desta terça — na agenda oficial de Lula, estava prevista uma reunião com Pimenta às 9h30, no Palácio do Planalto. Sidônio deve participar do encontro.
Segundo assessores próximos ao presidente, o destino de Paulo Pimenta ainda é incerto. Neste momento, o mais provável é que ele volte para a Câmara. Pimenta pode ainda assumir uma liderança.
O movimento é o primeiro ato de uma série de mudanças no ministério de Lula, que deve fazer novas trocas depois da eleição das mesas na Câmara e Senado, no início de fevereiro.
Os ajustes devem dar mais espaço a aliados com vistas a melhoria da base aliada no Congresso e também com olhos em 2026, ano em que Lula quer tentar a reeleição.
A antecipação da troca na comunicação se dá por um uma leitura de que o governo não consegue comunicar bem seus feitos, em especial na economia.
A insatisfação de Lula se ampliou na segunda metade de 2024, quando o presidente passou a requisitar mais a presença de Sidônio em Brasília. Ele foi o marqueteiro da campanha de 2022 e orientou as gravações e mensagens de ministros e do próprio Lula em dezembro.
Ao blog, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o governo precisa comunicar melhor o esforço fiscal e de transparência das contas que vem sendo feito desde 2023.
Mesmo antes de assumir, Sidônio — que foi marqueteiro de Lula na campanha de 2022 — já deu o tom dos últimos movimentos do governo: menos enfrentamento com o mercado financeiro nas falas e demonstrações de um governo unido.
Desavenças entre ministros e disputas por influência no entorno do presidente transpareceram ao longo de 2024.
Nesta segunda, o ministro da Casa Civil foi ao Ministério da Fazenda, num gesto de unidade. Lula quer reunir seus ministros ainda em janeiro para passar novas diretrizes.
Fonte: Por Ana Flor – G1.