Nesta quarta-feira (8), a primeira-dama Janja da Silza fez o discurso inaugural da cerimônia de dois anos dos atos do 8 de janeiro no Planalto. Ela foi escalada por Lula (PT) para falar na cerimônia, que contou com quatro atos.
Além de citar a restauração de obras de arte, a importância da cultura e artistas para a manutenção da democracia, a mulher do petista alfinetou a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
– O Palácio do Planalto é um espaço que transcende governos, reafirmando sua essência como um patrimônio coletivo. Nele, encontramos obras e peças como O Flautista, de Bruno Giorgi; Galhos e Sombras, de Frans Krajcberg; o painel Orixás, de Djanira, que em passado recente foi remetido aos porões autoritários – falou.
Ela disse que “o ódio tentou sufocar a esperança” há dois anos e que a memória é o antídoto para o autoritarismo.
– No dia 1º de janeiro de 2023, vivíamos um momento histórico de esperança e de novos tempos. Vibrávamos que o amor tinha vencido o ódio. Uma semana depois, o ódio ocupou esse espaço tentando sufocar a esperança. Mas eles não conseguiram e, hoje, estamos aqui – declarou.
Janja falou sobre o esforço para reconstruir as obras de arte depredadas durante os atos do 8 de janeiro de 2023 e também elogiou artistas brasileiros, entre eles, a atriz Fernanda Torres, que venceu o Globo de Ouro pela atuação em Ainda Estou Aqui. As informações são do Poder360.
– O país não aceita mais o autoritarismo. O que aconteceu nessa Praça dos Três Poderes precisa estar na memória do país como um alerta de que a democracia deve ser defendida diariamente, não importa o esforço. Memória é um antídoto contra as tentações autoritárias. Não houve momento da história em que ações autoritárias aconteceram sem que nossos artistas levantassem a voz em defesa da democracia. Os artistas brasileiros projetam aquilo que o nosso país tem de melhor: sua gente e sua inventividade transformadora e inovadora.