O deputado estadual João Paulo é um defensor de um alinhamento do PT com o governo de Raquel Lyra (PSDB). Tanto que o nome dele esteve entre os especulados para assumir a secretaria de Educação do Estado, vaga aberta nessa quinta-feira (9). Ao LeiaJá, entretanto, o parlamentar negou a possibilidade de virar secretário e disse que o partido não foi convidado formalmente para a gestão.
“Não existe essa de eu ser secretário de Educação. Defendo que o PT saia da oposição, mas sem cargo no governo. Na verdade, estou muito bem com o mandato [de deputado]. Não sei de onde surgiu isso”, afirmou o ex-prefeito do Recife, nesta sexta-feira (10).
De acordo com João Paulo, apesar da sua defesa de realinhamento da legenda no Estado, ainda não houve um convite formal para a sigla. “[Estar na base] seria importante e aproximaria mais [o governo Raquel Lyra] ao governo Lula, mas não teve ainda um convite formal ao PT. A minha aproximação é no legislativo”, contou.
“Temos uma questão política para ser vencida antes. Sair da oposição e ir para a base, para poder ser discutida alguma possibilidade, alguma participação oficial do partido no Governo”, emendou.
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O discurso de João Paulo diverge da postura do partido no Recife e uma ida para a base de Raquel também mexeria na aliança municipal entre PT e PSB. Isso porque, os pessebistas são opositores ferrenhos da governadora e almejam voltar ao posto Executivo do Estado nas eleições de 2026, com a eventual candidatura do prefeito João Campos.
Para reforçar o relacionamento municipal e marcar território, inclusive, Campos garantiu duas secretarias para o PT na cidade. Felipe Cury comanda a pasta de Habitação enquanto Oscar Paes Barreto a de Meio Ambiente.
Além disso, Vinícius Castello, o ex-vereador e candidato à prefeitura de Olinda pelo PT em 2024, será nomeado secretário-executivo de Infraestrutura.
Fonte: LeiaJá.