Entre 2023 e 2024, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembolsou R$ 2,2 milhões em recursos públicos para custear viagens de integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o chamado Conselhão. O dado foi divulgado neste domingo (12), pelo site Metrópoles, em uma reportagem produzida a partir de dados obtidos pelo veículo via Lei de Acesso à Informação.
Em 2023, primeiro ano sob Lula, os gastos com o Conselhão foram de R$ 1,146 milhão, sendo R$ 897 mil com passagens e R$ 249 mil com diárias. Já em 2024, quando o valor total foi de R$ 1,062 milhão, as passagens somaram R$ 738 mil, enquanto as diárias ficaram em R$ 324 mil. As verbas são pagas, segundo o governo, apenas aos membros do Conselhão que solicitam recursos de natureza indenizatória.
Ao Metrópoles, a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência (SRI) informou que o conselho é composto por 249 membros, de diferentes unidades da Federação. Além disso, o órgão justificou que, desde a recriação do colegiado, foram realizadas quatro reuniões plenárias, em Brasília, que demandam o deslocamento dos integrantes até a capital federal.
Criado em 2003, ainda durante o primeiro mandato de Lula, o Conselhão funcionou até 2019, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) extinguiu o órgão. No entanto, Lula recriou o conselho em janeiro de 2023, em um dos primeiros atos de sua terceira gestão. O orgão é composto pelo presidente, o vice-presidente e o ministro das Secretaria de Relações Institucionais, além de representantes da sociedade.
Entre os integrantes mais conhecidos do conselho estão a empresária Luiza Trajano, os influenciadores digitais Felipe Neto e Nath Finanças, e o padre Júlio Lancellotti.
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