A ida de Jair Bolsonaro (PL) à posse do presidente eleito Donald Trump segue rendendo assunto no reduto bolsonarista, nas redes sociais. O ex-ministro do Turismo, Gilson Machado (PL), utilizou uma série de publicações no Instagram para defender a legitimidade do suposto convite de Trump ao ex-presidente e pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) “libere” a ida de Bolsonaro. Sem passaporte, o capitão da reserva está proibido de deixar o Brasil.
Na última sexta-feira (10), a defesa de Jair apresentou à Suprema Corte um pedido de liberação do documento. O evento de posse do líder republicano acontecerá em 20 de janeiro, na Frente Oeste do Capitólio dos Estados Unidos, em Washington. Não apenas Bolsonaro teria sido convidado, mas também seus filhos e outros aliados, como o próprio Gilson Machado.
No entanto, o que os advogados de Bolsonaro apresentaram ao STF foi um e-mail com o suposto convite. Para prosseguir a análise, o ministro Alexandre de Moraes determinou que a defesa apresente documento oficial que comprove a formalização do convite. Sem autorização para emitir um novo passaporte, o ex-presidente não tem como viajar.
A Polícia Federal (PF) apreendeu o passaporte de Jair Bolsonaro em fevereiro de 2024, no âmbito da operação Tempus Veritatis, que investiga uma tentativa de golpe de Estado.
Reação de Gilson Machado
Com a repercussão da decisão de Moraes, os aliados mais próximos a Jair Bolsonaro têm realizado pressão nas redes sociais, na tentativa de persuadir uma liberação. O advogado do ex-presidente, Fabio Wajngarten, também já afirmou que cumprirá a exigência da Corte.
“O convite formal que a Justiça exigiu. E-mail é formal ou não? Ele serve para notificação judicial, inclusive. Agora, por que não fazem o seguinte? Liberem o presidente para ir aos Estados Unidos e, se ele não for recebido por Trump, não tiver uma foto com Trump, não estiver no baile [da posse] junto à esposa e à família de Trump, aí sim, não deixem nem ele descer no Brasil, tomem uma atitude cabível”, defendeu Gilson Machado, em vídeo.
Nos stories, o ex-ministro se estendeu e disse que negar a veracidade do convite é uma tentativa de tirar a credibilidade de Jair. “Bolsonaro foi, sim, convidado para ir à posse de Trump e também ao baile. Fiquei sabendo disso no dia 8 de janeiro, às 1h29, pelo ministro de Trump, meu amigo. Estão querendo distorcer a verdade. Isso é muito sério, porque o americano confia. Ele manda o e-mail e está tudo fechado”, prosseguiu. Machado confirmou presença no evento em Washington.
Fonte: LeiaJá.