O gabinete da ex-deputada estadual Fabíola Cabral (SD-PE) é alvo de um inquérito do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Segundo a instituição, indícios levantam a suspeita de um esquema de rachadinha no antigo gabinete da parlamentar, que cumpriu mandato na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) entre 2019 e 2022. A decisão consta em publicação do Diário Oficial do MPPE nesta sexta-feira (10).
A rachadinha consiste no repasse de parte dos salários de assessores e servidores para o titular do gabinete, geralmente uma figura política. Na publicação do diário, a promotora de Justiça Andréa Magalhães Porto Oliveira diz que ainda não há informações suficientes para designar os investigados e o papel que cada possível envolvido teria no esquema. Por esta razão, o investigado consta como “a definir”.
“Apurar, sob a ótica da improbidade administrativa, possível prática de retenção e divisão de numerários recebidos por servidores ocupantes de cargos comissionados, repassados para outras pessoas, no âmbito do Gabinete da então Deputada Estadual F. K.D.O.M., prática essa conhecida popularmente como ‘Rachadinha’”, diz o trecho da abertura de inquérito por improbidade administrativa.
As siglas “F.K.D.O.M” abreviam o nome completo da deputada, Fabíola Karla de Oliveira Normando. Filha do prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (SD), Fabíola Cabral agora usa o sobrenome do marido, o prefeito de Belém do Pará, Igor Normando (MDB). A parlamentar deixou a Alepe em 2022 e chegou a tentar o Congresso em 2023, mas não foi eleita. Atualmente, ela é suplente da deputada federal Maria Arraes (SD).
O LeiaJá buscou a assessoria de Fabíola Cabral para obter um posicionamento sobre a investigação. Até o momento desta publicação, a equipe da deputada não reconheceu a denúncia e não emitiu nota sobre o assunto. O espaço segue aberto.
Fonte: LeiaJá.