Os vereadores de oposição ao governo do prefeito interino de Goiana, Eduardo Batista (Avante), protocolaram nesta quarta-feira (29) um pedido de auditoria especial no Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE). O grupo, composto por André Rabicó (PL), Ana de Marcílio (PP), Carlos Viégas Júnior (PP) e Paula Brito (PP), busca a investigação de irregularidades na administração municipal, especialmente em relação ao decreto de emergência administrativa assinado pelo prefeito.
Em vídeo gravado em frente ao TCE-PE, Carlos Viégas Júnior, ao lado de André Rabicó e Paula Brito, criticou a decisão de Batista ao decretar situação de emergência na administração pública municipal. Segundo Viégas, a medida é contraditória, pois até 31 de dezembro de 2024 os serviços essenciais estavam funcionando normalmente sob a gestão do ex-prefeito Eduardo Honório. O vereador ainda questionou os gastos da prefeitura com eventos. “Ao mesmo tempo em que decreta emergência administrativa, o prefeito interino está promovendo uma festa de aproximadamente R$ 30 milhões. Que tipo de emergência administrativa é essa?”, questionou.
Viégas reforçou que a oposição não é contrária à realização da festa, mas sim ao decreto em si, que, segundo ele, não tem fundamento legal. “Esse decreto é um verdadeiro acinte à população de Goiana. O que está por trás dele? Será uma forma de permitir compras sem licitação? Solicitamos ao Tribunal de Contas que tome as medidas cabíveis e também levaremos essa denúncia ao Ministério Público para garantir que o dinheiro do povo de Goiana seja devidamente preservado”, declarou.
A auditoria especial solicitada pelos vereadores deve analisar os atos administrativos do governo interino e a legalidade do decreto de emergência.
O pedido de investigação agora aguarda a análise do TCE-PE, enquanto a oposição promete continuar pressionando para que o caso também seja acompanhado pelo Ministério Público.