Durante o café da manhã semanal da Base Comum do Governo, realizado nesta terça-feira, 18 de feverereiro em Matignon, o primeiro-ministro francês, François Bayrou, alertou para o risco de expansão da guerra na Europa:
“Pela primeira vez desde 1945, a guerra pode chegar ao solo europeu, ao nosso redor”, declarou ele, segundo informações da BFMTV confirmadas ao Le Figaro.
“Estamos em um contexto dos anos 1930, com icebergs vindo em nossa direção e o encontro de Paris no Eliseu não permitiu que eles fossem afastados”, declarou ele também.
Negociar com Zelensky “se necessário“
O ditador russo, Vladimir Putin, estaria “pronto” para negociar com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky “se necessário”, garantiu o Kremlin na terça-feira, 18 de fevereiro, após quase três anos de ofensiva do exército de Moscou na Ucrânia e em plena aceleração das discussões em torno da solução do conflito.
“O próprio Putin disse que, se necessário, estaria pronto para negociar com Zelensky, mas o arcabouço legal dos acordos deve ser discutido levando em conta a realidade”, disse o porta-voz presidencial russo Dmitry Peskov,
Peskov, porém, aelgou falta de “legitimidade” do líder ucraniano porque seu mandato expirou oficialmente em maio de 2024.
A lei marcial em vigor na Ucrânia desde fevereiro de 2022, no entanto, exclui a realização de eleições.
Ucrânia pode aderir à UE, mas não à Otan, julga o Kremlin
Na terça-feira, 18, a Rússia reconheceu o “direito soberano” da Ucrânia de se juntar à União Europeia, mas não à Otan:
“Quanto à adesão da Ucrânia à UE, este é um direito soberano de qualquer país”, disse o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov.
“Ninguém tem o direito de ditar a outro país o que fazer”, disse ele, acrescentando, no entanto, que “é completamente diferente quando se trata de questões de segurança e alianças militares. Nossa abordagem aqui é diferente e bem conhecida”.
Fonte: O Antagonista.