No último sábado (8), quando é celebrado o Dia Internacional das Mulher, o programa Gabinete, apresentado pela editora de política do LeiaJá, Thabata Alves, inicia uma série de entrevistas com parlamentares e lideranças políticas de Pernambuco para debater sobre o papel e a importância das mulheres na política, violência contra a mulher, políticas públicas voltadas para a mulher e incentivar que mulheres ocupem cada vez mais espaços de poder e liderança. Neste primeiro episódio, a primeira senadora de Pernambuco, Teresa Leitão (PT) fala sobre a atuação dela no Senado Federal e pontua como é ser mulher no meio político, que predominantemente masculino.
A senadora que foi eleita em 2024, com 2.061.276 votos, ressalta que ocupar esta posição é ter mente que esse resultado é fruto de uma luta árdua de mulheres anos atrás. “Nós quando estamos nesses lugares, nós temos que pensar primeiro em quem veio na frente. Por que é que estou aqui? Porque há 93 anos, fruto de uma grande luta de mulheres nos foi dado o direito de votar”, disse.
“Mulheres fazem política fora do parlamento”
Durante a entrevista, a parlamentar destacou que o direito de votar, o voto feminino foi uma porta essencial para a conquista de diretos da mulher, bem como foi a abertura de espaço para que elas possam exercer diferentes papéis, inclusive de liderança na política social e institucional. “O direito de votar foi uma porta importante para a gente entrar na política institucional. Porque as mulheres fazem política fora do parlamento. Onde é que as mulheres fazem política se não estão na institucionalidade? Nos movimentos, nas organizações, nas comunidades, nos sindicatos, nos bairros. Então, mulheres protagonizam grandes lutas”, destaca.
Responsabilidade na posição que ocupa
Teresa também frisou a importância de reconhecer a posição que ocupa, ter responsabilidade, não enxergar apenas como um cargo, mas ter a ciência que está ali representando um grupo de mulheres, representando o público feminino e ir à luta para que caminhos estejam abertos para as próximas gerações.
“E nós que estamos nesses lugares, nós temos que primeiro que representá-las, lembrar que nós estamos ali não sozinhas, mas com essa responsabilidade coletiva. Honrar quem veio antes e abrir caminhos para quem vem depois e ao mesmo tempo apoiar esse tipo de movimento”, avalia Teresa Leitão.
Fonte: LeiaJá.