Antes de iniciar sua cirurgia neste domingo (13), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enviou em grupos de WhatsApp uma mensagem na qual pediu o apoio de parlamentares ao projeto de lei que prevê anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. O texto foi enviado às 6h51, enquanto o procedimento cirúrgico do líder conservador iniciou por volta de 8h30.
– Deus ilumine cada um dos 513 deputados e 81 senadores em seus votos. Se com nossas decisões pavimentamos a nossa eternidade, esse voto tem um peso capital – escreveu Bolsonaro.
No início da mensagem, o político fez um apelo para que o conteúdo seja compartilhado para “aqueles que são contra a anistia humanitária” e lembrou do caso da cabeleireira Débora, que ele disse ser um crime impossível.
– Modular a pena da Débora (batom), passando de 14 para 10 anos de prisão, continua sendo uma brutal injustiça, já que seu crime é impossível. Imaginemos a cena: a Polícia Federal arrancando a Débora de casa, com seus filhos de 10 e 7 anos chorando, sendo levada de volta à penitenciária – declarou.
Débora, que escreveu na estátua A Justiça a expressão “perdeu, mané” – referência a uma frase dita pelo ministro Luís Roberto Barroso – aguarda a conclusão de seu julgamento em prisão domiciliar, concedida pelo ministro Alexandre de Moraes. Depois de pedir vista, o ministro Luiz Fux liberou o caso para análise. O julgamento deve ser retomado a partir do dia 25 de abril.
Enquanto estiver em casa, a mulher deve cumprir algumas medidas cautelares, como usar tornozeleira eletrônica, ficar longe de redes sociais, não se comunicar com os demais envolvidos e não dar entrevistas. Em caso de descumprimento, a prisão domiciliar será revogada.
Até o pedido de vista, Moraes votou para condená-la a 14 anos de cadeia. Foi seguido pelo ministro Flávio Dino, que concordou com a dosimetria da pena.
*Com informações do Pleno News
Foto: EFE/ Sebastião Moreira
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