Em uma entrevista descontraída e cheia de bom humor a um podcast, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) surpreendeu ao comentar, sem rodeios, sua relação com o prefeito do Recife, João Campos (PSB), e as especulações sobre o casal. Entre risos, ela brincou com o rótulo que vem ganhando força nas redes sociais: “Teoricamente eu sou a primeira-dama de Recife. Teoricamente não, né? Porque ele não tem nenhuma outra, então sou eu mesma”, disse, arrancando gargalhadas.
Apesar da leveza com que tratou o tema, Tabata fez questão de frisar que sua atuação política vai muito além de qualquer título simbólico. “Eu não sou a primeira-dama mais presente na vida da cidade. Mas acho que faço meu papel quando luto por políticas públicas que beneficiem Pernambuco”, afirmou, citando ações como a distribuição de absorventes nas escolas, o programa Pé-de-Meia para estudantes e o repasse de benefícios a mães. Mesmo sendo deputada por São Paulo, ela destacou que seu mandato tem impacto em todo o país — e, por consequência, também em Pernambuco.
Sobre os rumores de que o casal estaria traçando um plano de poder conjunto, a parlamentar foi direta: “Que negócio bizarro, claro que não. A gente faz planos de casar, ter filhos, mas não de poder.” Tabata contou que até os nomes dos futuros filhos já são tema de conversa: Maria Luísa, Maria Júlia, Francisco e Eduardo Henrique — este último, escolhido em homenagem ao pai de João Campos, o ex-governador Eduardo Campos.
Ela também revelou que, apesar da sintonia no relacionamento, nem sempre há concordância política entre os dois. Como exemplo, citou o período em que o PSB discutia a possibilidade de formar uma federação com o PT. “João era a favor, eu contra. A decisão final foi pela não federação, e hoje ele concorda que foi o melhor caminho para o partido”, relembrou.
Entre amor, política e convicções, Tabata Amaral se mostrou à vontade para rir de si mesma e, ao mesmo tempo, firme ao afirmar seu espaço — seja como deputada, cidadã ou companheira. Num cenário onde o público muitas vezes confunde vida pessoal com ambição política, ela deixou claro que seus projetos estão em outra direção: nas mãos de quem luta por políticas públicas de impacto real, e não por títulos cerimoniais.
Foto: Renato Pizzutto/Band.