A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) tornou-se alvo de uma difusão vermelha da Interpol nesta quinta-feira (5), passando a ser oficialmente procurada em escala internacional. O alerta foi emitido a pedido da Polícia Federal brasileira, após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que atendeu a uma solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A medida foi tomada logo após virem à tona informações de que a parlamentar deixou o Brasil com destino à Europa. Segundo apurações, Zambelli encontra-se na Itália, país onde detém cidadania, o que pode dificultar, mas não inviabiliza, o processo de extradição. Com a inclusão do nome da deputada na difusão vermelha — mecanismo que envolve a cooperação policial entre 196 países —, o objetivo das autoridades é ampliar a capacidade de localização e captura da parlamentar fora do território brasileiro.
Além da solicitação de inclusão na lista da Interpol, a decisão do ministro Alexandre de Moraes determina o bloqueio dos passaportes de Zambelli, incluindo o documento diplomático ao qual ela tem direito por exercer mandato parlamentar. Também foi decretada sua prisão preventiva, o que reforça o peso das acusações e a gravidade do caso.
A movimentação da Justiça brasileira revela uma escalada no cerco jurídico contra a deputada, que agora figura entre os nomes mais visados internacionalmente. O desdobramento do caso pode trazer implicações não apenas no cenário jurídico, mas também no campo político, gerando novas tensões no já polarizado ambiente institucional do país.
Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados.