Um ataque aéreo de Israel contra alvos estratégicos no Irã, na madrugada desta sexta-feira (13), matou três das figuras mais influentes do alto comando militar iraniano. Entre os mortos está Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária, uma das instituições mais poderosas do país. A morte dele pode marcar uma virada dramática na já tensa relação entre Teerã e Tel Aviv.
Além de Salami, o major-general Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, e o general Gholamali Rashid, vice-comandante militar, também morreram durante os bombardeios. A notícia foi confirmada por fontes oficiais iranianas e amplamente divulgada pela imprensa local.
Como se não bastasse o impacto da perda de três líderes militares de alto escalão, seis cientistas nucleares iranianos também foram mortos no ataque. Entre eles, Fereydoun Abbasi, que já havia sido alvo de atentados no passado e era uma peça-chave no desenvolvimento do controverso programa nuclear do Irã.
O governo israelense chamou a ofensiva de “ataque preventivo” e batizou a operação de “Nação de Leões”. Em pronunciamento, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que a ação foi necessária para impedir o avanço do programa nuclear iraniano, que ele classificou como uma ameaça direta à existência de Israel.
“Estamos em um momento decisivo da nossa história”, disse Netanyahu, ao afirmar que os bombardeios vão continuar “por quantos dias forem necessários”. O ministro da Defesa, Israel Katz, decretou estado de emergência e fechou o espaço aéreo israelense como medida preventiva contra possíveis retaliações.
Do lado iraniano, a resposta ainda não veio de forma oficial, mas líderes políticos e militares prometeram reagir. O clima é de tensão máxima no Oriente Médio, e o temor de uma escalada generalizada cresce a cada hora.
Os Estados Unidos, aliados históricos de Israel, negaram envolvimento direto na operação. Segundo o secretário de Estado, Marco Rubio, Washington foi informado com antecedência, mas optou por não participar da ação militar.
Enquanto o mundo assiste com apreensão, especialistas alertam para o risco de uma guerra aberta entre duas potências regionais que, há anos, se enfrentam em um perigoso jogo de sombras. Agora, esse conflito silencioso parece ter saído dos bastidores e ganhado um novo, e alarmante, capítulo.
*Com informações da Agência AE