Em meio ao crescente desconforto com a alta da carga tributária, a Câmara dos Deputados decidiu acelerar a tramitação de um projeto que tenta derrubar o recente aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) anunciado pelo governo federal. A votação está marcada para a próxima segunda-feira (16) e já conta com o apoio da maioria dos partidos.
O anúncio foi feito nesta quinta-feira (12) pelo presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), após reunião com o Colégio de Líderes. Segundo ele, a urgência na análise do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) será colocada em votação para tentar suspender os efeitos do novo decreto do Executivo.
“O Colégio de Líderes decidiu pautar a urgência do PDL que susta os efeitos do novo decreto do governo que trata de aumento do IOF. O clima na Câmara não é favorável para aumento de impostos com foco meramente arrecadatório”, afirmou Motta em publicação nas redes sociais.
O movimento representa uma resposta direta da Casa ao pacote apresentado pelo Ministério da Fazenda, que incluiu não apenas a revisão do IOF, mas também novas regras para taxação de apostas e revisão de isenções. A pasta argumenta que as medidas são fundamentais para o equilíbrio das contas públicas.
A oposição, no entanto, conseguiu costurar uma aliança ampla para tentar barrar o avanço do imposto. Partidos como PL, União Brasil e PP já declararam apoio à votação urgente. O PSD, embora ainda não tenha se posicionado oficialmente, deve acompanhar a maioria, segundo fontes da própria Câmara.
O projeto de decreto legislativo, se aprovado, vai diretamente ao plenário, sem passar pelas comissões temáticas — um procedimento que agiliza a tramitação e amplia as chances de votação ainda na próxima semana.
Nos bastidores, a avaliação é de que o governo enfrenta dificuldade em convencer parlamentares a aceitarem medidas que impactam diretamente o bolso dos cidadãos em um momento de alta sensibilidade fiscal e política. A votação na segunda-feira promete ser um termômetro da resistência ao pacote econômico do Executivo.
*As informações são do R7