O Senado se prepara para votar, na próxima semana, o projeto que prevê o aumento do número de deputados federais de 513 para 531. A proposta, que já foi aprovada na Câmara com 270 votos favoráveis e 207 contrários, tem o apoio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), mas ainda enfrenta resistência entre alguns parlamentares da Casa.
A medida, se aprovada, deve gerar um impacto estimado de R$ 60 milhões por ano aos cofres públicos. A proposta já conta com um requerimento para tramitação em regime de urgência, o que pode acelerar sua apreciação no plenário, com votação prevista para a próxima quarta-feira, dia 18.
O projeto propõe uma redistribuição do número de deputados por estado, de acordo com os dados mais recentes da população. O Pará e Santa Catarina seriam os maiores beneficiados, cada um com quatro novos representantes. Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Norte ganhariam duas cadeiras cada. Já Ceará, Goiás, Minas Gerais e Paraná receberiam uma vaga adicional.
Apesar de o aumento seguir critérios populacionais e ser previsto pela Constituição, a proposta reacende debates sobre o custo do Legislativo e o momento econômico do país. Alguns senadores argumentam que a ampliação do número de parlamentares não é uma prioridade diante das atuais dificuldades fiscais. Outros, por sua vez, defendem que o aumento reflete de forma mais justa a representação da população brasileira na Câmara. A decisão final caberá ao plenário do Senado, e o resultado pode influenciar diretamente o equilíbrio político entre os estados.
*Com informações do Pleno News