O chanceler da China, Wang Yi, expressou forte preocupação com a recente ofensiva de Israel contra o Irã e pediu “medidas imediatas” para conter a escalada do conflito. Em uma conversa telefônica com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, no último sábado (14), Wang classificou como “inaceitáveis” os bombardeios israelenses e alertou para os riscos de um agravamento generalizado da crise na região.
A declaração foi divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores da China e veio após Wang também conversar com o chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araqchi. Para o representante chinês, o ataque contra instalações nucleares iranianas abre um “precedente perigoso”, que pode gerar “consequências desastrosas” tanto para o Oriente Médio quanto para a estabilidade global.
Wang Yi afirmou que a China se opõe ao uso da força por Israel, especialmente em um momento em que a comunidade internacional busca uma solução política para a questão nuclear do Irã. Ele reiterou que os meios diplomáticos ainda não se esgotaram e que o uso da força, por si só, não garantirá uma paz duradoura.
Apesar da crítica, Wang se disse esperançoso com a possibilidade de um acordo pacífico e ofereceu o apoio da China como mediadora, destacando a disposição de Pequim em “desempenhar um papel construtivo”. Segundo ele, é fundamental impedir que a crise se agrave ainda mais e que a região mergulhe em um cenário de guerra aberta.
Desde a última sexta-feira, ataques israelenses mataram mais de 100 pessoas no Irã, incluindo militares de alto escalão e cientistas ligados ao programa nuclear. Em resposta, Teerã lançou uma série de bombardeios contra Israel, resultando na morte de pelo menos 13 pessoas. Wang classificou o momento como “crítico e urgente”, reforçando que o diálogo ainda é possível e necessário.
*Com informações da Agência EFE