Em mais um capítulo da crescente tensão no Oriente Médio, as Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram que realizaram um ataque aéreo na última noite visando Mohamed al Ghamari, chefe militar do grupo rebelde houthi no Iêmen. Embora ainda não haja confirmação sobre o sucesso da operação, o bombardeio faz parte de uma ofensiva coordenada por Israel em múltiplas frentes, incluindo alvos no Irã e no Iêmen.
O ataque aconteceu enquanto Israel respondia a uma nova onda de mísseis lançados pelo Irã e seus aliados. Segundo o porta-voz militar israelense, Effie Defrin, cerca de 70 mísseis terra-terra foram disparados contra Israel, além de dezenas de drones, parte deles lançados do território iemenita. Pelo menos 10 pessoas morreram nas últimas 24 horas em solo israelense, com mais de 100 feridos, intensificando a crise humanitária provocada pelo conflito.
Além da tentativa de eliminar al Ghamari, Israel bombardeou instalações estratégicas no Irã, incluindo a sede da Organização de Inovação e Pesquisa Defensiva, apontada por Tel Aviv como centro de desenvolvimento do projeto nuclear iraniano. Também foram atingidos laboratórios de armas e depósitos de combustível usados pela indústria militar iraniana.
Desde a madrugada de sexta-feira, quando teve início a nova escalada militar, Israel tem mantido ataques constantes contra alvos iranianos. Estima-se que pelo menos 13 pessoas tenham morrido em Israel e cerca de 100 no Irã, entre eles militares de alto escalão e cientistas ligados ao programa nuclear.
As FDI afirmaram que continuarão as ações militares por tempo indeterminado, com o objetivo de enfraquecer permanentemente a capacidade bélica e nuclear do Irã e impedir que grupos aliados, como os houthis, mantenham ofensivas contra o território israelense.
*Com informações da Agência EFE