O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que os governadores do Brasil contribuíram com a crise econômica do país. Em contrapartida, o chefe da pasta não só isentou a gestão de Jair Bolsonaro, como ainda elogiou as ações do governo no decorrer da pandemia da Covid-19.
As declarações foram dadas, nesta terça-feira (12), durante uma reunião com senadores da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) para falar sobre os preços dos combustíveis e a garantia de abastecimento no país.
– Nós fomos muito bem-sucedidos em garantir os recursos públicos para quem mais precisava, fizemos a coisa com muita técnica. Por outro lado, os governadores, quando se recusaram a cumprir o acordo que tinham feito conosco, eles na verdade foram sócios da crise – afirmou.
Guedes ainda criticou as políticas de isolamento social adotadas pelos estados para frear a contaminação pela doença, em contrariedade ao posicionamento do governo federal.
– Quanto pior a crise, mais arrecadação e mais aumento salarial em ano eleitoral – resumiu.
O ministro da Economia também comentou sobre a política de preço dos combustíveis, que funciona em paridade à cotação do dólar, e voltou a defender a privatização da Petrobras.
– Por que ter uma estatal para fazer algo que tem que ser vendido a preço de mercado? Quando você vai para a economia americana, ela trata petróleo como commodity, de forma simples. Se alguém descobre petróleo na porta da sua casa, pode explorar. Eles exploram petróleo como a gente explora a soja – completou.
Por fim, Guedes defendeu a privatização da empresa como forma de financiar programas sociais.
– Governos anteriores diziam que protegiam as estatais e na verdade destruíram esses recursos. Com as privatizações, vamos abastecer o fundo de erradicação da pobreza e o fundo de recuperação nacional – finalizou.