O cineasta franco-suíço Jean-Luc Godard morreu na terça-feira (13), aos 91 anos. A notícia foi confirmada pelo jornal francês Liberation, a partir de informações da família. O cineasta teve acesso ao suicídio assistido, um recurso legal na Suíça desde 1942.
– Ele não estava doente, apenas esgotado – disse a família ao jornal Libération.
– Foi decisão dele e é importante que se saiba – confirmaram outras pessoas próximas.
Godard é um dos fundadores da Nouvelle Vague –movimento estético do cinema francês criado no fim dos anos 50 e que influenciou cineastas de todo o mundo. Conhecido por uma filmografia radical e politicamente ativa, Godard esteve entre os diretores mais aclamados de sua geração com filmes clássicos como Acossado, que o lançou para o cenário mundial em 1960.
O filme conta a história de uma jovem americana em Paris, interpretada pela atriz Jean Seberg, e seu caso condenado com um jovem rebelde em fuga, interpretado por Jean-Paul Belmondo.
Esse filme, que marcou sua estreia cinematográfica, revolucionou o cinema popular e logo colocou Godard como um diretores mais provocadores do mundo. Ele reescreveu regras para câmera, som e narrativa. Também foi controverso, como quando seu longa Je Vous Salue, Marie (1985) foi rejeitado pelo papa João Paulo II – o filme chegou a ser proibido no Brasil.
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