A tensão entre Estados Unidos e Arábia Saudita segue crescendo após trocas de acusações na quinta-feira, 13, sobre a produção de petróleo. Os americanos afirmaram que os sauditas reduziram a produção de petróleo para alinhar com os interesses do presidente da Rússia, Vladimir Putin. Em resposta, a Arábia Saudita disse que “viu as declarações […] que descreveram a decisão como uma tomada de posição do reino em conflitos internacionais e como politicamente motivada contra os Estados Unidos”, reagiu, em nota. A capital da Arábia Saudita, Riade, repudiou às acusações americanas e garantiu que as decisões do cartel de exportadores de petróleo e de seus aliados “basearam-se puramente em considerações econômicas”. Com isso, a Opep+, composta por 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), liderados pela Arábia Saudita, e outros dez parceiros produtores liderados pela Rússia, decidiram reduzir suas cotas de produção na semana passada para manter os preços do combustível em patamares elevados. Assim, o presidente dos EUA, Joe Biden, advertiu para as consequências desta decisão. Segundo o democrata, poderia favorecer a Rússia ao manter ou impulsionar os preços. “Moscou precisa das receitas do petróleo para financiar sua guerra na Ucrânia”, disse. Riade, por sua vez, comentou que os Estados Unidos sugeriram adiar por um mês a decisão da Opep+, que também poderia elevar o preço da gasolina e, por fim, incomodar os eleitores americanos. Para os saudistas, a Casa Branca pediu para que esperassem até a conclusão das eleições legislativas de meio mandato nos EUA, que acontecem em 8 de novembro, e que são decisivas para determinar o controle do Congresso e, consequentemente, o restante do mandato de Biden.
*Radar Político365 com informações da Jovem Pan.
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