Nesta sexta-feira (21), um tribunal federal de Washington, nos Estados Unidos, condenou Steve Bannon, ex-assessor do ex-presidente americano Donald Trump, a quatro meses de prisão. Ele foi condenado por se recusar a cooperar com o comitê legislativo que investiga a invasão do Capitólio ocorrida em 6 de janeiro de 2021.
O juiz Carl Nichols também aceitou o pedido do promotor americano para que Bannon pagasse uma multa. No entanto, ele baixou a quantia para 6,5 mil dólares (R$ 33,65 mil), enquanto o Departamento de Justiça pedia o pagamento de 200 mil dólares (R$ 1.034 milhões).
Além da multa, a promotoria pedia seis meses de prisão. Já a defesa de Bannon queria que seu cliente cumprisse a sentença em prisão domiciliar.
Nichols afirmou aos advogados de defesa, antes de proferir sua decisão, que Bannon deveria passar ao menos um mês atrás das grades.
Em julho, Bannon foi considerado culpado por um júri por desacato, ao ter se recusado a depor e fornecer documentos ao comitê legislativo que investiga a invasão ao Capitólio.
Depois de ouvir a sentença, o próprio Bannon disse a jornalistas ao sair do tribunal que “respeita a decisão do juiz”, mas alegou que ele foi um dos membros do governo Trump que mais compareceu a comitês, e por isso a acusação de que se considera acima da lei é “mentira”.
O ex-assessor também ressaltou que vai recorrer contra a decisão e que no dia 8 de novembro “o regime ilegítimo” do atual presidente dos EUA, Joe Biden, será julgado, em referência às eleições legislativas de meio de mandato do chefe de governo, que serão realizadas nessa data. Muitos veículos de imprensa preveem duras derrotas para o Partido Democrata, do governante.
Nichols disse momentos antes de anunciar a decisão que permitirá que a sentença seja suspensa se a equipe de Bannon apresentar um recurso.
Além deste caso, Bannon enfrenta outro processo, em Nova Iorque, por suposta fraude em uma campanha de arrecadação de fundos para ajudar a construir um muro na fronteira com o México. Nesse caso, ele é acusado de lavagem de dinheiro, conspiração e fraude.
*EFE