Senador eleito pelo Paraná, o ex-ministro Sergio Moro (União Brasil) chegou a ser aconselhado a não declarar apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições presidenciais, mas escolheu não ouvir essa corrente de aliados. A informação foi divulgada neste sábado (22) pela colunista Bela Megale, do jornal O Globo.
Segundo a publicação, pessoas próximas do ex-ministro disseram que ele não teria ganhos como cabo eleitoral do presidente. Moro, no entanto, decidiu não ouvir essas advertências e seguiu a linha defendida pelo núcleo duro de sua campanha: o marqueteiro Marcelo Cattani, o advogado Gustavo Guedes e seu suplente Luis Felipe Cunha.
A avaliação desse grupo é de que o primeiro turno mostrou que era preciso ter um lado e que a maioria dos que não se posicionaram entre Lula e Bolsonaro não se elegeram. O grupo também acredita que o alinhamento de Moro a Bolsonaro pode ajudar o ex-juiz a não ser “um lobo solitário” na sua atuação no Congresso.
Foi a partir disso que Moro se tornou solícito quanto à campanha de Bolsonaro. Desde que foi procurado, o ex-ministro mostrou disposição em colaborar: foi ao debate da Band, gravou para a propaganda de TV e deve fazer atos de campanha no Paraná e em São Paulo.